quarta-feira, 11 de abril de 2012

Não sou freira, nem sou puta!

Fui desarmada àquele encontro; sem sentimentos, nem esperança.
Mentira, fui vestida de armas.
Voltei sem nada... Sem dignidade, nem maquiagem...

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ao meu Ouro Azul.

Aquele gosto salgado escorrendo de meus olhos e entrando ferozmente em meus lábios.
O que é a saudade?
O que é essa falta que parece arrancar um pedaço da gente?
Não é saudade de ausência,
Mas sim daquele pedaço que se uniu a mim tão repentinamente,
E tão repentinamente me foi tirado.
Era tudo tão estranhamente real!
Infelizmente é comum o verdadeiro torna-se irreal num piscar de olhos.
Éramos uma, e de uma em uma nos tornamos três, quatro, cinco...
Eu girava em torno de seu eixo e você do meu.
Fazíamos promessas absurdas- que tão cruamente adotei como verdade.
E assim -como a vida costuma fazer- isso nos foi arrancado.
Você tomou seu caminho florido, e eu fiquei no meu mundo fatídico.
Em todos meus gestos: lembro de você;
De nossas madrugadas em meu quarto;
De nossos abraços gratuitos;
De nossas viagens sem sair do lugar,
De nossas noites sujas- mas que se tornavam tão lindas estando junto a você.
É assim que me lembro de nós: meu pedaço, meu eu, meu alter ego... 
Quisera tanto não precisar me lembrar, queria estar!
Hoje encontro meu caminho florido.
Tento floresce-lo junto ao seu;
Te forço, te peço, te ligo, te grito.
Ah, há tantas coisas que quero te contar.
Sem respostas, entendo então que é assim que tem que ser.
Você tomou seu rumo, e o meu continua preso a você.
Tentarei entender, mas só não me peça para te esquecer...


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sem resposta.

Pq tudo deu tão errado em nossas vidas? Pq isso mata-nos dia após dia?
Viaje e me de um último abraço. Último de dor, pois o próximo será só de felicidade e amor.
Nem adeus nem até breve. Só um boa noite, te encontro de manhã...
Escrevo isso num momento de crise em pleno trabalho. Onde tds tiveram que se mobilizar em prol... De mim. Eu, a garota problema, que por conta de suas crises, logo acordará sem emprego, sem eira, sem beira. Tudo por conta desse monstro implacável.
Quero levantar, quero te levantar. Quero muito ainda te amar...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Cálido monstro

A normalidade não me cabe.
É como uma roupa que tento incessantemente vestir, mas que independe de meu manequim: ela nunca caberá.
Vivo com a mesma veste há anos. 
Vesti-me de um monstro.
Parei para recordar algumas que passei: conclui que foi como viver vestida de lã no verão.

Ontem decidi desnudar-me. 
Ficar nua, encarar-me, tentar livrar- me desse monstro, é um querer tão doido.
Hoje me doeu minha nudez.

Hoje tentei fugir pare além daquele passado cálido...

Mas então olhei para mim, e me vesti de meu mostro costurado de lã.

domingo, 13 de novembro de 2011

Chuva abobada

A chuva cai num clichê tão grande lá fora,
E nesse mesmo clichê ouço uma música que embala minha vontade inexplicável de escrever.
Essa chuva boba, lembra-me que não estou triste,
Nem abalada, nem ressabiada, nem surtada, nem ferrada, nem fodida,
Mas com aquele “que” de sempre...
A chuva me lembra... Não, não me lembra nada,
Mas me desperta algo...
Acho que me desperta certa bobeira...
Lembro que é estranho estar boba por nada,
Estar sem estar sentindo nada, que coisa mais sem graça!!!
Melhor eu ficar calada e escutar o som das gotas cansadas,
Antes que me venha uma angústia desgraçada junto dessa chuva abobada.

sábado, 22 de outubro de 2011

R e s v a l e

A vontade me bate e vai embora
Desejo fazer, refazer, realizar
Há em mim muita ânsia de viver
Dizem que sou amarga, que tenho raiva
Mas o que a vida fez de mim?
O que fiz da vida em mim?
Vivi pouco, que bastou para amargurar-me
Sou nada, nada de tudo que ainda posso me transformar
Posso ser o que quiser
Quero apenas adocicar esse meu jeito rude de olhar
Talvez ainda não saiba ser doce
Sou brava, uma brava mulher sem bravura alguma
A vida me fez inóspita
Mas por enquanto sei que não sou mulher doce

Sou apenas resultado vivido dessa imaculada raiva contida.

domingo, 16 de outubro de 2011

Mundo ácido.

Há dias que vivo em um mundo à parte.
Há dias em que vivo em uma parte do mundo.
Começo a achar que esses pedaços já não me pertencem mais,
E então devoro tudo que está fora de meu alcance.
Os pedaços inalcançáveis fazem um reboliço imenso dentro de mim,
Então sou obrigada a vomitar números debitados em minha pobre conta do banco.
Há dias que meu estômago grita dizendo que a parte do mundo que eu havia devorado não me caiu bem, provocando assim um mal estar imensurável. 
Andam me dizendo que estou um tanto insuportável. Mas afinal, quem suporta viver com uma eterna azia causada pelo mundo?