sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ao meu Ouro Azul.

Aquele gosto salgado escorrendo de meus olhos e entrando ferozmente em meus lábios.
O que é a saudade?
O que é essa falta que parece arrancar um pedaço da gente?
Não é saudade de ausência,
Mas sim daquele pedaço que se uniu a mim tão repentinamente,
E tão repentinamente me foi tirado.
Era tudo tão estranhamente real!
Infelizmente é comum o verdadeiro torna-se irreal num piscar de olhos.
Éramos uma, e de uma em uma nos tornamos três, quatro, cinco...
Eu girava em torno de seu eixo e você do meu.
Fazíamos promessas absurdas- que tão cruamente adotei como verdade.
E assim -como a vida costuma fazer- isso nos foi arrancado.
Você tomou seu caminho florido, e eu fiquei no meu mundo fatídico.
Em todos meus gestos: lembro de você;
De nossas madrugadas em meu quarto;
De nossos abraços gratuitos;
De nossas viagens sem sair do lugar,
De nossas noites sujas- mas que se tornavam tão lindas estando junto a você.
É assim que me lembro de nós: meu pedaço, meu eu, meu alter ego... 
Quisera tanto não precisar me lembrar, queria estar!
Hoje encontro meu caminho florido.
Tento floresce-lo junto ao seu;
Te forço, te peço, te ligo, te grito.
Ah, há tantas coisas que quero te contar.
Sem respostas, entendo então que é assim que tem que ser.
Você tomou seu rumo, e o meu continua preso a você.
Tentarei entender, mas só não me peça para te esquecer...


Um comentário:

  1. Pintei as unhas de ouro azul. São você. Tenho tanto pra dividir com você...tenho muito pra criar, tenho muito pra construir com você, e estava buscando isso. Achei!! Vamos? Minha casa ou sua?

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